segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A OCDE E A SURDEZ DE PASSOS

«O secretário-geral da OCDE deixou ainda um alerta: "Nas actuais circunstâncias já não basta adoptar políticas estruturais, porque deixámos de ter margem do lado da política monetária. Não chega. Temos de lidar com a questão social gerada por esta crise".
Na sua intervenção na abertura da conferência anual da Coface, o responsável sublinhou ainda que o ambiente de fraco crescimento, desemprego elevado e aumento das desigualdades alimenta o surgimento de movimentos como o dos indignados. "Arriscamo-nos a perder toda uma geração de jovens a quem se prometeu que mais dois a três anos de estudos resolveriam os seus problemas. Mas agora os seus diplomas apenas servem para os tapar da chuva... e mal", disse o secretário-geral.
"A face humana desta crise que ainda não resolvemos é o desemprego", frisou o secretário-geral da OCDE, concluindo que é necessário "acção política" e "liderança".»
Poderá parecer estranho um social democrata abespinhar-se assim com Passos. 
O problema é que a tolerância com os medíocres políticos é já zero, e se Passos não tem aparentemente culpa da situação de endividamento brutal a que chegamos, já é responsável por uma forma pouco sadia de gerir o país - contrariando sempre as medidas da oposição. 
Além da culpa, na medida exacta de não estar a saber lidar com a crise, de não ouvir os sinais e gritos que até da OCDE vêm. 

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